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terça-feira, 16 de abril de 2019

Mãe pós diagnostico TEA - marido e filho , mesmo diagnóstico

Então, muitos já me perguntaram como foi após o diagnóstico, e sempre respondo: foi difícil e um alívio.  Mas começamos então ai entrar numa sequência de consultas neurológicas, psicológicas, para poder ter um melhor resultado de interação para ele.
Sabemos que a nossa sociedade ainda está muito atrasada em questão de muitas deficiências, e agora estamos convivendo com o que muitos dizem que "o autismo é a modinha do momento", no qual eu discordo totalmente.
Se analisarmos como era antigamente, as crianças autistas sem diagnósticos eram taxadas como doidas, hiperativas, mal-criadas, rebeldes... uma infinidade de adjetivos cruéis, e que isso faziam com que eles tivessem uma infância triste e uma vida adulta cheia de dúvidas e se tornavam pessoas com a auto estima baixa, ocasionando depressão, suicídio, isolamento ou usuário de drogas. E hoje não é diferente, não que o diagnóstico autista tenha virado "moda", mas que os pais começaram a se preocupar com seus filhos, e as escolas também está auxiliando muito nessa questão, já que boa parte descobrimos na escola, como foi o meu caso.
Eu sabia que meu filho tinha algo diferente, mas eu achava que era da personalidade dele, que era apenas uma criança hiperativa com as "manias" do pai, mas aí que veio a surpresa: Nas primeiras consultas com o neuro, percebi que além do Drº examinar meu filho, ele passou a perceber e conversar mais com o pai, e como falei, meu marido não acreditava que nosso filho teria essa possibilidade de ser autista (ainda não tínhamos o diagnóstico fechado), e questionou em uma das consultas sobre nosso filho apenas ser hiperativo, e que era uma coisa normal de criança, porque ele era do mesmo jeito na mesma idade; então o Drº respondeu, que ele já estava observando ele (o pai), e que tinha percebido que ele também era um autista que não fora diagnosticado quando criança, e fez uma série de testes e perguntas, tanto da infância, adolescência quanto da vida adulta, e foi aí que ele falou, você acha normal, por esse motivo, entretanto agora que você sabe, pode dar uma chance de seu filho ter ou não um acompanhamento adequado ou quer que ele passe pelos mesmos problemas que você?
Pois é gente, eu também fiquei surpresa, e comecei a estudar mais sobre o autismo, e percebi os sinais típicos... e foi onde também, percebi o motivo a qual meu marido era "diferente" e isso antes de saber, aquilo me irritava de tal forma, que por várias vezes quase foi motivo para nos separarmos. Manias que para nós que se achamos "normais", nos tira do sério. E sinceramente, ainda me tira do sério, mas entendo.
Bom, então, ainda luto pelo fato do meu filho ser verbal, e muitos não acreditam, e só quem convive começa a perceber. Sair com meu filho é quase que um verdadeiro teste de paciência. Quando ele tem crises em meio ao "público", nós mães, temos que ouvir de algumas pessoas... criança mimada, mal educada, e dentre outros adjetivos que citei logo no início. Pior, é ver certas postagens nas redes sociais sobre isso. Fico extremamente irritada com isso, entretanto só saberemos a dor do outro, quando essa dor nos atingir.... antes isso, você será julgado pelos "normais".
Se é difícil? Muito!!! Se seu filho não fala é coitadinho, se fala é mimado e mal educado, e você vai vivendo nessa sociedade que as vezes te irrita, e que fazem julgamentos sem saber o que há de certo com a criança.
É complicado, porque hoje somos julgados por tudo, e algumas pessoas são tão maldosas, tão cruéis, que conseguem te fazer se sentir um lixo, um nada, e pior... em sua maioria das vezes são pessoas que se taxam como "religiosos" (que se acham ser mas não é) ou da família, que este seria o que você mais busca apoio. Enfim, agora eu além de mãe de um autista, sou esposa de um também. Coincidência? não sei... mas o psicológico aqui está a mil... hahahaha.
ai está ele com o fone, porque dizia que amenizaria o barulho😊 (viagem para Curitiba, para exames e  reavaliação neuropsicológica).

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